CARTAS SEM DESTINO III
Sabes, tenho a voz embargada de saudade
E as palavras morrem-me nos dedos vãos
por não poderem tocar-te....
Rubros os lábios escondem mil beijos
Ansiosos por dar-se à boca perfeita tua
que não ouço falar-me...
Vigilantes os olhos espreitam à procura de encontrar-te num lugar qualquer do mundo
fora de mim onde habitas...
Dentro do peito pulula um coração que é teu desde que o teu me mostraste...
E ambos aguardam que chegue enfim
o momento de juntarem-se...
Até que isso aconteça, a magia acontece
na saudade a revelar-se...
ASC
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Arte: Auguste Rodin